sexta-feira, junho 29, 2007

Dormir para quê?

   Ontem fiquei trabalhando até as 7:00 da manhã (como de costume) e quando estava me preparando para ir dormir parei em frente à janela e percebi o céu tornando-se azulado, indicando que o Sol já estava nascendo. Como não estava realmente com sono comecei a pensar que seria bom pegar o carro e dirigir até a praia para ver o Sol nascer lá. E aí comecei a pensar, que desperdício é dormir. Se não precisasse gastar 8 horas (ou 6 ou menos, no meu caso) por dia dormindo, quantas coisas mais poderia fazer. Poderia, com certeza, ir até a praia e ver o Sol nascer.
   Nessa torrente de pensamentos onde uma coisa vai levando a outra, comecei a meditar sobre o assunto. Me ocorreu que, todo o esquema do dia ter 24 horas não faz muito sentido. Se Deus quisesse que dormíssemos 8 horas todos o dias, deveria ter feito o dia com 32 horas então. Aí sim, seria muito mais lógico. E aí então percebi, não se trata do número de horas dormindo ou acordado. É a proporção! 8 horas em 24 é um terço! Um terço inteiro do nosso dia, jogado fora. Não é à toa que ninguém tem tempo para nada hoje em dia.
   Digamos que você viva 75 anos (o que é uma média razoável para os dias de hoje). Aí você vai contar para os seus netos que está tranqüilo, pois viveu uma vida completa, 75 anos inteiros e bem vividos. Que grande lorota! A quem você está querendo enganar? Pois bem, meu caro, você não viveu mais do que 50 anos. Porque durante 25 anos inteiros você estava dormindo. Sim, dormindo! 25 anos!! Um terço da sua vida.
   Tem alguma coisa seriamente errada com essa planejamento divino aí. Sinceramente, se era pra isso, eu preferiria que Deus tosasse logo de uma vez um terço da nossa vida, em anos, e não nos obrigasse a dormir esses 25 anos parcelados, um pouquinho a cada dia. Faça-nos viver 50 anos bem vividos acordados, e depois que morrermos então poderemos dormir o quanto for necessário.
   Porque, sinceramente, o que é que realizamos de fato enquanto estamos dormindo? Sim, sim, Duende, é quando o nosso corpo se regenera, quando nosso cérebro processa e guarda informações importantes do dia anterior e tudo isso que já estamos carecas de saber. Mas de verdade, o que é que nós realizamos de concreto enquanto deitamos, totalmente indefesos e expostos, durante 8 horas consecutivas em um quarto escuro, enquanto o mundo gira lá fora? Absolutamente nada.
   Minha teoria é que Deus fez dessa forma para que pudesse dar conta de resolver todos os nossos problemas. Humanos acordados dão tanto trabalho e demandam tamanha atenção que Ele teve que nos colocar para dormir, alternando-nos em grupos para que conseguisse dar conta do recado.
   É, parece que o tempo é mesmo curto para todo mundo. Até para Ele...

Dormir pra quê se a morte é um sono eterno?
   

quarta-feira, junho 27, 2007

Aprendeu a lição, Daniela?

   Há um tempo atrás eu havia publicado um post comentando sobre a barbaridade do processo da Daniela Cicarelli contra o YouTube (que chegou a tirar o serviço do ar por dois dias). Pois bem, pasmem e acreditem se quiserem, mas parece que nem tudo está perdido na novela de absurdos judiciários. Pena que a Justiça não trabalhe assim nas questões que realmente interessam...
   Não só o juiz Gustavo Santini Teodoro considerou improcedente o pedido de proibição do vídeo, mas também e negou o pedido de idenização por danos morais e ainda, melhor de tudo, condenou a Daniela e o namoradinho a pagarem R$10 mil em custas processuais aos advogados do YouTube. Não que esta quantia "descomunal" vá fazer cócegas nos cofres da Daniela e do Tato, mas pelo menos serve para mostrar a eles (e a quem mais possa interessar) que ter um sobrenomezinho conhecido não dá direitos especiais (não?).
   E aí Daniela, aprendeu que não pode transar em praia pública?

segunda-feira, junho 25, 2007

De volta ao país dos macacos

   Olá caros leitores. Viagens e outros compromissos me impediram de atualizar o blog nos últimos meses. Mas tentarei retomar, para insatisfação de muitos.
   E como não podia deixar de ser, o post vai ser sobre política. Aliás, política não, porque o que se faz neste país não é política e sim teatro (comédia, e da pior qualidade).
   Na verdade, o que eu gostaria de dizer mesmo é que nunca mais vou falar de política no Brasil, porque não vale a pena desperdiçar o meu tempo com tamanha palhaçada. Mas antes que o Duende venha me cobrar, eu retifico: é claro que voltarei a falar disso, até porque sou um dos raríssimos "indignados" neste circo.
   Vou então deixar apenas oficializado o meu desgosto, a minha indignação e náusea, perante o fato de ser obrigado a fazer parte de uma nação onde o ridículo, a incompetência, o cinismo, a hipocrisia, a desonestidade e a falta de respeito são vistos como "cultura nacional". E preparem-se, leitores, pois estou a poucos passos de redirecionar toda a minha revolta, não mais aos políticos de araque, mas sim ao próprio povo. Estou a ponto de tornar os Atores da Grande Comédia Nacional inocentes e proclamar culpados os brasileiros.
   Brasileiros esses que ao escutarem da boca da nossa ministra (?) Marta o imortalizado "Relaxa e Goza" não são capazes de mais nada além de gastar o seu tempo inútil inventando charges e piadas que não têm outro propósito a não ser a "diversão". Brasileiros esses que ao presenciarem a bandalheira na Câmara dos Deputados entre o deputado (?) Clodovil e sua colega "atriz" Cida tomam as dores de um ou de outro (não sei qual é pior) ao invés de explodirem em uma cólera de revolta e se perguntarem "é isso para o qual estamos pagando seus salários?". Sim, nós estamos pagando seus salários. Aliás, todo o dramalhão sobre a feiura da Cida não impediu os deputados a terminar a votação e aprovação do aumento dos seus próprios salários (mais uma vez).
   Só queria  terminar (antes de ir ao banheiro vomitar) com uma pergunta: "Até quando, brasileiros? Até quando vão continuar rindo da própria desgraça?"
   E finalmente, no espírito do colega Olavo de Carvalho e fazendo referência a uma piadinha antiga e singela contada pelo meu avô, gostaria de deixar um conselho aos meus compatriotas:

Quem está na merda, não canta!