Por volta das 19hs desta última sexta-feira, dia 25/02/2011, um suposto membro da raça humana decidiu acelerar o ritmo de extinção de sua própria espécie, atingindo, a esmo, pelo menos 15 de seus semelhantes. A tragédia, ou como prefiro descrever, o crime, aconteceu em Porto Alegre, durante uma passeata do grupo Massa Crítica. O grupo defende o uso da bicicleta e combate o uso do automóvel nas ruas da capital gaúcha.
O vídeo pode ser visto aqui. Sugiro que, quem tem coração fraco, não assista.
Contudo, o que mais me desola, e o motivo do título apocalíptico, não é o ato violento e desumano em si deste indivíduo que, certamente, não mais detém o direito de dividir este planeta, de já escassos recursos, juntamente com seus semelhantes humanos. Mas, principalmente, as reações de outros seres da mesma espécie, em uma tentativa inconcebível de justificar e/ou amenizar a atitude do motorista maníaco. Como, por exemplo, a postura do delegado, que disse ter havido “excessos das duas partes envolvidas”. (A notícia pode ser lida aqui.)
Desculpe-me, senhor delegado, mas não existe nenhuma justificativa neste mundo que me convença de que “houve uma ação e uma reação”, como o senhor afirmou. As leis não foram cumpridas de acordo? Provavelmente. O grupo deveria ter sido mais organizado e comunicado as partes necessárias para a viabilização do evento, para obter a permissão e a segurança necessárias para a execução do mesmo. E, se isso não ocorreu, deveriam ser penalizados por isso. De acordo com a Lei. Mas nunca, de acordo com a barbárie ensandecida de um criminoso.
Então, por favor, sejamos mais coerentes e humanos, e mais verdadeiros uns com os outros, pois nós, a humanidade, só temos a nós mesmos. E, acredite, o fim está bem mais próximo do que pensamos.
“A humanidade não se divide em heróis e tiranos. As suas paixões, boas e más, foram-lhe dadas pela sociedade, não pela natureza.”
-- Charles Chaplin
Um comentário:
Eu tenho uma regra básica de convivência. Não faça aos outros o que você não gostaria que fizessem com você.
Não é preciso leis mirabolantes, teorias complexas, regras elaboradas para se viver bem. Respeito, compaixão e empatia já bastariam para termos um mundo bem melhor.
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